quinta-feira, 26 de maio de 2016

Por Edson Travassos Vidigal

Ele ia por caminhos já trilhados, por veredas já cortadas. Cicatrizes, marcas e manchas já vividas. Pela mesma carne, pelo mesmo amor. Naquele eterno dia que insistia em não deitar, em não chorar, em não ceder.
(Todas as histórias são apenas uma só: a busca por se conhecer)

sábado, 21 de maio de 2016

MINHA ESTRELA

Por Edson Travassos Vidigal

Minha estrela está lá. No mar, no ar, em algum lugar. Na noite densa, na onda imensa, na cor intensa de um azul pulsar. No cair do corpo, num infinito torto de curvas ondas, de fundo luar. Pela noite te vejo, te almejo, te protejo. Pela noite te beijo, e te deixo 
voar


No frio

Por Edson Travassos Vidigal

No frio que se vê o mar. Grosso, grande, infinito, envolvente. Onde cada gota se perde e cada esforço é inútil a não se entregar. Nas ondas é que respiramos. No vai e vem das marés, no sobe e desce do mundo, na vinda, na ida, que não finda, que não solta. E a cada volta, a energia nos passa. Subimos, descemos, dançamos, morremos, voltamos, tememos, até enjoar. Nesse rítmo grosso, de um grave esforço, nada-se, molha-se, e perde-se ao dar. Na luz, no escuro, num tenro luar, num beijo, no ensejo, num tímido amar. Que olha, que molha, que seca, que folha. Que afasta, que busca, que pensa em andar. Perdido me leva a seguir passos rasos que não alcanço ao tato, que não vejo chegar. E dedos, e medos, e ânsias, e enredos. Fugir e esconder, explodir e correr, talvez até estar em qualquer lugar...