terça-feira, 3 de setembro de 2013

ÂNSIA


Por Edson Vidigal

Eu sou a certeza do incerto
de certo deserto
de perto
nada mais que um peito aberto
e flerto
flerto a noite negra e terna
terno inferno
flerto a relva de teu corpo
o orvalho de teus olhos
tuas folhas e flores
vou por onde fores
onde houver cores
que a vida me leve
me eleve

Eu sou a areia
o deserto
de certo, aberto
de perto um prisma sem foco
fosca
a mosca e suas 24 horas de vida
24 horas de bolos
açúcar e inseticida
espero o belo
o mero descobrir de teu gosto
um rosto deposto

Sou de perto
a distância de teus olhos
a ânsia de viver
a morte de uma infância
a ânsia
a ânsia

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