domingo, 8 de setembro de 2013

COMO ÁGUA


Por Edson Vidigal

Como água, temo o tempo
Temo e tento
Não escorregar de teus dedos
Como água, morri

Morri por meu medo e tentações
Tentações caladas
Quase em teus braços, já em teus sonhos
Tentações aladas

Como água, sou líquido e terno
Líquido eterno
Eterno rio de desejo e paixão
Eterno o frio, o vazio
Terno o rio
Como água, morri

Morri por suspiros e medos
Medos tantos
Quase em teu colo, já em teu sono
Medos e prantos

Como água, sou líquido e leve
Teu corpo me ferve
Sou gelo, sou neve
Até derreter

Morri por desejos e saudades
Saudades e dor
Quase em teu rosto,  já em tuas noites
Saudades, amor

Como água, sou líquido e espero
Espero e te quero
Te quero alegre
Não chores
Sou líquido e choro por nós dois

Como água, tenho febre
E ainda morro de amor
Sou nuvem que chora
O suor que adora
Um arco-íris sem cor

Morri por carne e sentimento
Sentimento que me implora
Quase em teus lábios, já fundo em teu peito
Sentimento que me toca
que aflora

Como água, sou o mar
Sou o líquido amar
Como água, sou chuva incerta
Como água
Morri

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