Quando a gente é criança tudo é
surpreendente
O tempo é suficiente para tudo o que
fizermos
Tendemos a acreditar em um amiguinho da
nossa idade
A acreditarmos em nossos pais
Só odiamos uma coisa:
A doença que nos prende à cama
Preferimos assistir uma barata, ainda
que parada,
A assistir um desenho animado
Não sorrimos da aparência relativamente
cômica de um palhaço
Mas sim de suas brincadeiras e
atrapalhadas, porque é assim que somos
E no começo do ano letivo podemos até sentir,
sem muito esforço,
O cheiro, de novos, nos cadernos, livros
e lapiseiras.
Acreditamos em tudo, desde o papai Noel
até a beleza deste mundo.
Estudamos sem saber por quê
Brincamos apenas por querer
Apanhamos às vezes sem entender
E pensamos, ingenuamente: quero logo
crescer!
Bom seria isto, se, tão cedo, não
perdêssemos a virtude mais preciosa de um ser:
O jeito inocente de viver...
(Poema de Jéssica Freire)
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